Tenho tido dificuldade em ler um livro todo, inteiro, do começo ao fim. Meu trabalho tem me consumido física e mentalmente -- mas amo ele ainda assim. Definitivamente não é tempo para livros extensos, romances, grandes reflexões. Como ter uma vida normal sendo louca é o primeiro livro que finalizo a leitura desde novembro do ano passado. Parte se deve ao livro ser fino -- nunca imaginei que o tamanho de um livro realmente contaria um dia.. --, parte por ser um livro humorístico, e bom humor é tudo o que tenho precisado.
De alguns anos para cá abandonei completamente os livros de ficção científica, livros que tratem de 'mundos possíveis' e impossíveis, outras dimensões e etc. Gosto daquelas histórias que poderiam ter acontecido ou que aconteceram (não-ficção ainda é meu gênero literário favorito disparado). Mas abri uma brecha e me diverti com esse livrinho em questão. Nadinha do que está escrito lá é coerente. Talvez faça lá algum sentido para uma menina de 12 a 14 anos que ainda está na fase de pico das picuinhas escolares e sonhando com um futuro muito glamoroso.
Em suma, nunca vi tanta bobagem num livro só, mas é uma bobagem engraçada, cativante. Aqui as aparências contam mais que tudo na vida e parecer o que não é, é a lei da selva. Aqueles nossos pensamentos mais loucos e irracionais são tratados ao longo das páginas como se fosse a coisa mais adequada a se fazer, e aí que está o ponto em que ganha os leitores.
As moças escritoras são autênticas e engraçadas, vi uma entrevista em que a entrevistadora questiona sobre as vendas altas do livro (esgotou rapidamente nas livrarias de São Paulo e foi primeiro lugar em livrarias virtuais) e a resposta da Jana foi: porque ao começar a ler o livro automaticamente você começa a perder calorias <3
Gosto de gente e escritas assim: espontâneas, desbocadas. E no humor é o único lugar onde dispenso coerência. Humor só tem que ser engraçado, seja lá como o façam, seja normal, seja louco. No humor apenas seja. .
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