segunda-feira, 25 de maio de 2015

E continua a bagunça

Continua tudo uma bagunça. Estou começando a achar que é fase, coisa que passa, que todo mundo tem que viver. No entanto segue angustiante. No trabalho está sendo uma montanha russa, há dias que adoro, há dias que não sei como vou aguentar até o final. Não é uma boa época pra ninguém pedir demissão. Sigamos fortes, pois. Coisas boas também aconteceram, mas de lugares inesperadas. Voltei ao dentista, porque quebrei uma parte de um dente. Isso é bom. Conheci a família da minha mãe - que é bem grande (acho que já falei). Nos relacionamentos continua tão agoniante quanto antes. Relato chato, sobre uns dias chatos.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Tá tudo uma bagunça

Fui numa festa ontem, cheguei em casa às 4 e pouco, minha amiga dormiu na minha cama, e um amigo que estava em outra festa veio dormir comigo, no chão. Acordei às 11 e tava chovendo, voltei a dormir, acordei meio dia e continuava chovendo. Tive que levantar, porque hoje é dia das mães e tinha que ir pra casa. Parou a chuva, Mel foi embora, acordei o Roger, porque ele também tem uma mãe pra ver hoje. Tomei banho, fui pra casa dos meus pais, no caminho: chuva de novo. Ainda estou com os pés molhados. Família reunida e falando sem parar, às vezes é bom, mas nem sempre. Planos de uma viagem dentro de algumas semanas, pra reunir a família toda da minha mãe - que é bem grande, nem conheço todo mundo - em prol do aniversário de um tio - que por sinal, não conheço, só ouço falar. Dormi na cama dos meus pais, porque melhor lugar não há. Dormi por umas 3 horas e voltei pra casa. Trouxe comida pros amiguinhos, mas acho que quem comeu mais fui eu mesmo. Amiguinhos se reuniram aqui na sala pra contar velhas histórias de desilusões e rir de vídeos bobos. Fumei um cigarro na sacada com a vizinha - fumei vários na verdade, durante o dia. Todos foram dormir. Lavei umas roupinhas chave, porque talvez terei um ~encontro~ amanhã, talvez irei ao cinema. Pra beijar, porque não gosto de filme. Aliás, por falar nisso, não falei com o boy1 hoje. Mas em compensação as coisas com o boy2 vão muito bem. Quer dizer, estavam indo, até eu descobrir o instagram dele e confirmar aquilo que eu já achava: não temos nadinha a ver um com o outro. Mas enfim, amanhã talvez eu tenho um encontro. Fiquei fazendo stalkes vários no instagram e achei que seria adulto dar uma olhada no perfil de um velho e persistente crush. Qual minha sorte quando curti uma foto sem querer? Tive que segui-lo pro climão ficar menor. Ai, vida. Amanhã minhas férias já não mais existirão, e eu terei que acordar cedo, de modo que já deveria estar dormindo. Mas tá tudo uma bagunça e estou sem nada de sono. Li mais um ensaio do livro da Virginia, sobre Thoreau. Aproveitei a vibe stalk e já mandei ver nele também. Que vida interessante esse cara teve. Mas agora são 4:09 da manhã e logo mais estarei que estar disposto para 8 horas de trabalho e paciência e talvez um encontro. E é triste saber que escrever sobre todas essas coisas talvez, na verdade, não ajudem em nada.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

"Como ser uma dona de casa in 3 easy steps" ou "Nasce mais uma Amélia na vizinhança"

Estou há quase 4 meses morando fora da casa dos meus pais. Se o tempo pode ser relativamente curto, as novas experiências, por outro lado, não as foram. Sempre temos uma pré-ideia sobre as coisas e ensinamentos da vida - ouvimos falar dos desafios diários, a convivência com pessoas, os dotes da cozinha e vida doméstica. Mas só os entendemos e sentimos quando vivenciamos. Pequenas coisas para mim, podem ser grandes catástrofes na vida de outros. Mudanças de humor que nunca tive tornam-se rotineiras quando vive-se com outras três pessoas. As culturas, educações, visões e modos de vidas são todos diferentes - apesar de ter uma linha que acabe nos ligando e faz com que tenhamos uma convivência razoavelmente boa. A vida se torna um guia prático e diário de como ser uma dona de casa. Hoje repenso em nunca ter me interessado em cozinhar, ou nunca ter realmente visto o valor das coisas no mercado, por exemplo. Poderia também ter observado mais as quantidades compradas, marcas, modos de uso. Dicas valiosas, que quando se vive no ninho familiar, deixamos passar. Aprendi à fazer arroz soltinho (prefiro unidos venceremos, mas por questão de time maior o soltinho é o que sempre vai à mesa - não que tenhamos uma mesa), abobrinha refolgada (minha favorita), batata assada, carne moída cozida e outras coisinhas. Aprendi a comer em restaurantes, mercados, qualquer lugar que ofereça comida em dias que não faço ideia do que cozinhar. Eu que sempre morei em casa com chão de lajota tive que pegar na marra as formas de se limpar e conservar chão de tacos. Também tive que aprender a desentupir ralo do banheiro, que por mais nojento que seja é necessário. Aprendi a lavar roupa no tanque, atividade que parece simples mas que requer horas para um serviço bem feito. E depois de roupas lavadas, aprendi a pendurar roupas no varal sem usar grampos (os "nózinhos" de cuecas e calcinhas no varal, se bem analisados, são bem bucólicos). A convivência de fato é um exercício diário. Aprender a entender os humores das pessoas, de respeitá-las, e ignorá-las quando necessário, é atividade das mais difíceis. Por outro lado, quando se tem a oportunidade de morar na mesma casa com alguém cuja amizade se estende há 11 anos, também é muito prazeroso ver que sempre é possível melhorar e sentir afeto, companheirismo e cumplicidade ainda mais fortes. Também tenho raciocinado sobre a metáfora do pássaro que aprende a voar, que quer sempre vôos mais altos. Uma vez fora da casa dos meus pais, quero mais. Vejo agora problemas que há muito meus amigos já me falavam. Sobre a cidade, possibilidade de empregos, pessoas e lugares. Quero morar em uma cidade maior. Já é uma meta. Tenho alguns meses ainda para planejar, ver e rever a situação. É o próximo objetivo. Li pouco desde que vim para cá. Alguns livros da Agatha Christie aqui, um livro de um escritor mexicano ali. Estou numa fase de transição sobre as coisas que gosto e das coisas que outrora gostava. Nenhuma grande conclusão por enquanto. Pro futuro apenas me desejo serenidade e saúde. Um pouco de determinação e força também.