Você está aí, vodca? Sou eu, Chelsea (Chelsea Handler)
Chelsea Handler, ao lado de Ellen DeGeneres, foi uma das comediantes de maior ascensão na última década nos Estados Unidos. Com seu humor ácido, negro, e inspirado basicamente nas próprias experiências, Chelsea cresceu, adquiriu fãs e críticos.
Em seu "Você está aí, vodca? Sou Eu, Chelsea" ela nos trás 12 histórias, supostamente autobiográficas, todas engraçadíssimas, claro. Digo supostamente, pois como já se sabe, em matéria de humor nem sempre faz-se uso da sinceridade para alcançar a gargalhada geral. Sendo então, o humorista, um narrador no qual não confio, comecei o livro esperando pieguice. Me enganei.
Chelsea -- assim como todas as outras mulheres humoristas -- é uma extraterrestre: se desapega de toda a vaidade, conta suas histórias sexuais sem pudores, assume seus desejos mais esdrúxulos como se fossem coisas corriqueiras, coloca na cruz os eventos sociais mais comuns entre as mulheres e fala abertamente do quão chato é ser convidado à um aniversário de alguém desconhecido.
Em alguns momentos chega a nos inspirar, como por exemplo, nos capítulos em que fala de todas as qualidades de seu pai que ela não aprecia. Cá entre nós, amamos nossos pais, sabemos que viveremos em eterna divida e gratidão, mas quem nunca teve vontade de exorcizar todas aquelas manias irritantes deles, falar na cara e no fundo só esperar uma resposta irônica? Chelsea também nos lava a alma.
Acho importante a leitura de clássicos, ou livros que nos abram os olhos para a sociedade, porém não essencial. Essencial é um livro que nos agrade, que seja de fácil compreensão, que nos inspire a ler outros, que nos desligue da sempre tão caótica realidade, que faça com que sintamos estar em frente a um espelho e -- por que não? -- também nos faça rir.
Chelsea Lately, seu talk-show, vai ao ar de terça à sexta, à meia noite, no canal de tv fechado E! Caso você ainda esteja em dúvidas em ler o livro, o programa serve como introdução.
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